Recebi um e-mail em francês, com fotos detalhadas e sequenciadas, mostrando desde a compra de animais encarcerados em gaiolas minúsculas, a retirada do cativeiro, morte e manejo em locais imundos, até a venda do "produto" final ao consumidor . É um alerta sobre falta de higiene na preparação de “carcaças” de frangos para aqueles que se alimentam de carne. As fotos foram feitas na China, mas... Senhor! Como podemos viver assim? COMO PODEMOS VIVER ASSIM? Como podemos nos olhar no espelho e seguir vivendo desse modo? Da nossa ignorância, livrai-nos Senhor. Da nossa brutalidade, livrai-nos Senhor. Da nossa dureza, livrai-nos Senhor, porque sucumbimos sob pesado sono, hipnotizados, e nos acostumamos com barbárie de toda espécie e apenas voltamos os olhos para o outro lado! Um dia amorosamente despertaremos e veremos que tudo, incluindo as pequenas células, micro átomos, elétrons, nano-partículas, todos estão plenamente vivos, têm consciência de si e de seu papel no sistema. Tudo está vivo, é sensível e inteligente, e tudo fala, tem histórias para contar, experiências para compartilhar. A maneira como dispomos de outras vidas é insana. Veremos que ao considerarmos outros seres menos que nós mesmos, apenas nos diminuimos, assinando um atestado de profunda falta de atenção, de percepção, de amor e até mesmo de lógica! Nós é que ficamos aquém de onde podemos chegar! Se ainda não conseguimos manter nossa vida neste plano, jogar o jogo do planeta sem nos alimentarmos fisicamente de algum ser, quem sabe ao menos seremos gratos, cônscios de que para que uns fiquem de pé, algumas consciências se sacrificam.
Nós nos consideramos tão magníficos, não é mesmo? E somos! Só que não temos a menor idéia do que significa ser magnífico. Algo, em nós, sabe! Esse "algo", que é todo-consciente, vive tão absurdamente perto e ainda assim, rarissimamente entramos em contato com "ele". Quem sabe, só por hoje, olharei fundo nos belos olhos dos animais um pouco antes de querê-los fritos ou cozidos? E agradecerei pela graça de sua presença sobre a Terra! Mas a carne picada e congelada estrategicamente já não tem olhos, não é mesmo, meu irmão? É só um monte de corações atravessados por um espeto no churrasco do fim de semana! Quem sabe, só por hoje, reverenciarei o esplendor de uma bela alface crescendo ao sol e agradecerei por sua energia, beleza e força, pelo bem que ela me faz, ampliando minha sensibilidade, quando se incorpora ao meu corpo? E olharei para meus irmãos humanos, animais, vegetais, minerais, com amor e gratidão, sabendo que somos uma só existência vestindo fantasias diferentes, camuflados, e que mergulhados em um Substrato Único, aquilo que afeta um, afeta igualmente a todos, e todos estamos no mesmo barco, e como em uma equipe de trabalho, esporte, revezamento, cada um de nós assumiu uma tarefa, uma ponta nesse enorme empreendimento/holograma Terra e resolvemos botá-lo para funcionar. Sabendo que algum forte incidente de percurso enlouqueceu nosso discernimento e começamos a nos devorar uns aos outros sem noção, sem nenhuma noção, Senhor, de que eu sou o outro! Brutalizamos e desprezamos aquilo que formará nossa própria carne! Regateamos o preço, queremos um desconto nos pedaços de primeira, de segunda ou de terceira!
Só por hoje - e que eu possa dizer isto amanhã e depois de amanhã, e depois ainda - envio meu amor a este belo universo “onde vivemos e temos nosso Ser”, com um pedido para que eu possa acordar, Senhor. Que eu possa ver além dos disfarces, das formas diferentes da minha, sorrir para a alma oculta por outras cores, outras plumagens; que eu possa ouvir as vozes de todos os seres, compreender sua linguagem, receber seu trecho da grande mensagem e conversar mansamente com cada um; que eu possa, integrada, acariciar sem medo a Terra com minhas mãos nuas, e como as crianças, sentar-me à vontade no conforto deste chão, e receber em mim o sol, o vento e a chuva, reverenciando o tecido da vida no qual sou e estou.
Nós nos consideramos tão magníficos, não é mesmo? E somos! Só que não temos a menor idéia do que significa ser magnífico. Algo, em nós, sabe! Esse "algo", que é todo-consciente, vive tão absurdamente perto e ainda assim, rarissimamente entramos em contato com "ele". Quem sabe, só por hoje, olharei fundo nos belos olhos dos animais um pouco antes de querê-los fritos ou cozidos? E agradecerei pela graça de sua presença sobre a Terra! Mas a carne picada e congelada estrategicamente já não tem olhos, não é mesmo, meu irmão? É só um monte de corações atravessados por um espeto no churrasco do fim de semana! Quem sabe, só por hoje, reverenciarei o esplendor de uma bela alface crescendo ao sol e agradecerei por sua energia, beleza e força, pelo bem que ela me faz, ampliando minha sensibilidade, quando se incorpora ao meu corpo? E olharei para meus irmãos humanos, animais, vegetais, minerais, com amor e gratidão, sabendo que somos uma só existência vestindo fantasias diferentes, camuflados, e que mergulhados em um Substrato Único, aquilo que afeta um, afeta igualmente a todos, e todos estamos no mesmo barco, e como em uma equipe de trabalho, esporte, revezamento, cada um de nós assumiu uma tarefa, uma ponta nesse enorme empreendimento/holograma Terra e resolvemos botá-lo para funcionar. Sabendo que algum forte incidente de percurso enlouqueceu nosso discernimento e começamos a nos devorar uns aos outros sem noção, sem nenhuma noção, Senhor, de que eu sou o outro! Brutalizamos e desprezamos aquilo que formará nossa própria carne! Regateamos o preço, queremos um desconto nos pedaços de primeira, de segunda ou de terceira!
Só por hoje - e que eu possa dizer isto amanhã e depois de amanhã, e depois ainda - envio meu amor a este belo universo “onde vivemos e temos nosso Ser”, com um pedido para que eu possa acordar, Senhor. Que eu possa ver além dos disfarces, das formas diferentes da minha, sorrir para a alma oculta por outras cores, outras plumagens; que eu possa ouvir as vozes de todos os seres, compreender sua linguagem, receber seu trecho da grande mensagem e conversar mansamente com cada um; que eu possa, integrada, acariciar sem medo a Terra com minhas mãos nuas, e como as crianças, sentar-me à vontade no conforto deste chão, e receber em mim o sol, o vento e a chuva, reverenciando o tecido da vida no qual sou e estou.
Maria Helena, 25 de outubro de 2009